ECOGRAFIA OBSTÉTRICA: SIGLAS
- Mariana Pignatelli
- 24 de set. de 2019
- 4 min de leitura

Um dos exames que causa mais dúvidas nas grávidas, é a ecografia. As ecografias no geral, vêm com muitas siglas que as mamãs não conseguem decifrar, e que para a maioria não passa de um conjunto de números e letras (para mim foi assim na primeira).
Antes demais quero informar de uma coisa que quase nenhum médico nos informa, é que não podemos colocar creme na barriga até 5 dias antes de fazer a ecografia, pois pode deixar a sonda um bocado “nebulada”, impossibilitando de ver as medidas necessárias corretamente.
Desde que descobrimos que estamos grávidas, há duas siglas que aparecem por todo o lado, inclusive no Livro de Grávida:
DUM – Data da última menstruação
DPP – Data prevista do parto
Anatomia/Biometria
A anatomia/biometria, são medidas que dizem respeito ao crescimento fetal ao longo do tempo de gestação. Há valores que só são possíveis medir na primeira ecografia, outros na segunda ecografia e outros na terceira ecografia, por isso é que são feitas ecografias diferentes em fase de gestação diferente.
Por exemplo, na ecografia do 1º trimestre o feto é minúsculo ainda, o que facilita a medição da ponta da cabeça, ao rabo. Algo que já não é possível na ecografia do 3º trimestre, por o bebé se encontrar todo enroladinho já, então fazem uma estimativa através do fémur.
Ecografia 1º trimestre:
Na primeira ecografia fazem o cálculo do risco, isto significa que vão ver se o feto apresenta algum risco para algum tipo de trissomia ou síndrome. Este risco é baseado na idade materna e nos valores ecográficos (espessura da translucência da nuca fetal e frequência cardíaca).
A translucência da nuca mede a espessura de uma região na parte posterior do crânio, até à região inferior do tórax, onde existe acumulação de líquido, que pode sinalizar então problemas genéticos, que é o comprimento crânio caudal (CCC).
Não se assustem, pois, os batimentos cardíacos de um feto são elevados, e vão diminuindo ao longo da idade gestacional, na ecografia do 1º trimestre (12 semanas + 4) os valores do meu filho rondavam os 159 batimentos por minuto (BPM).
Esta ecografia serve então para confirmar se o feto está vivo, determinar o tempo de gravidez, a data provável do parto, o número de fetos, medir a translucência da nunca e diagnosticar malformações fetais.
Siglas:
IG – Idade gestacional (medida em semanas)
BCF – Batimentos Cardíacos Fetais (medida em batimentos por minuto)
FCF – Frequência Cardíaca Fetal (medida em batimentos por minuto)
CCC – Comprimento crânio caudal (medida desde o crânio até ao rabo)
TN – Translucência da Nuca
É também na ecografia do 1º trimestre que vão detetar se têm placenta anterior ou posterior. Na realidade ser uma e não ser a outra, não traz qualquer tipo de problemas, apenas muda o local em que se encontra e quando se vai sentir o bebé.
Placenta anterior: a placenta está fixa na parte da frente, perto da barriga da mãe. É um amortecedor ainda maior com o exterior, o que faz com que quando se coloca a mão na barriga, os movimentos do bebé sejam sentidos um pouco mais tarde.
Placenta posterior: a placenta está fixa nas costas da mãe, e é mais fácil de sentir movimentos do bebé mais cedo, colocando a mão na barriga.
Mas cada caso é um caso. Eu tive placenta anterior a gravidez toda e comecei a sentir o meu filho internamente às 15 semanas, e externamente às 18 semanas. O que quero dizer com internamente, é que são aqueles movimentos que mais ninguém sente sem ser a mãe, mesmo que se coloque a mão, só se sente por dentro. Segundo a teoria, deveria ter demorado mais para sentir o meu filho devido à placenta, mas fui super precoce nisso.
Em média, mães de primeira viagem começam a sentir os filhos às 21 semanas. Com que sensação se parece? Na altura eu achava que estava com gases, sentia um género de ondas na minha barriga, minúsculas, como se fosse expulsar algum gás, mas nunca nada saia, então comecei a perceber que eram mini movimentos do meu filho. Também confundi várias vezes com aquele som que fazemos quando temos fome, sabem? Quando a barriga ronca, muito semelhante a isso também.
Ecografia 2º trimestre:
Aqui é possível saber o tamanho e o peso do bebé. O tamanho é calculado a partir do comprimento do fémur (CF) x 0,7. E o peso é dado pelos médicos, sendo uma estimativa através de determinadas medidas.
Esta ecografia é importante para detetar alguma má formação no crescimento fetal, avaliar o crescimento fetal, avaliar os marcadores cromossómicos, diagnosticar o sexo fetal, localizar e avaliar a placenta, medir o colo do útero, avaliar o líquido amniótico e os vasos do cordão umbilical.
Siglas:
DBP – Diâmetro biparietal (medida dos ossos que formam a cabeça do bebé)
DOF – Diâmetro occipo-frontal (distância externa entre a parte traseira e frontal do crânio)
PC – Período cefálico (perímetro da cabeça)
PA – Período abdominal (perímetro da barriga)
CF – Comprimento do fémur
CM – Cisterna Magna
DTC – Diâmetro Transverso do Cerebelo
DAT – diâmetro abdominal transverso
DAAP – Diâmetro ântero-posterior
Ecografia 3º trimestre:
Na terceira ecografia é possível detetar alguma malformação que apareça mais tardia, permite conferir se o crescimento do feto está adequado, localizar a placenta, avaliar a quantidade de líquido amniótico, e a circulação do cordão umbilical.
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