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GRAVIDEZ MÊS A MÊS: SINTOMAS E PESO

  • Foto do escritor: Mariana Pignatelli
    Mariana Pignatelli
  • 17 de jul. de 2019
  • 9 min de leitura

Cada corpo é diferente e reage de forma diferente em cada gravidez, não há um guião igual para todas as mamãs. Umas mamãs detetam logo que estão grávidas, outras se for preciso só dão por isso numa fase bastante avançada da gravidez.

Hoje conto a minha experiência pessoal mês a mês e de seguida coloco os sintomas definidos pelos médicos, que geralmente ocorrem nesse mês. Relembro que cada corpo é cada corpo e podem ser diferentes de pessoa para pessoa.

Se compararem a minha experiência pessoa, com os sintomas pré-definidos verão que nada têm a ver.


Coloco também a alteração no meu peso ao longo do processo todo.


PESO:

Peso inicial gravidez: 39kg

Peso final gravidez: 50kg

Total de peso ganho: 11kg

Peso do bebé à nascença: 2,5kg

Peso da mãe pós-parto ao 4º dia: 46kg


Aqui vos mostro o gráfico do meu aumento de peso:


SINTOMAS:


1º mês (1 a 4 semanas)


A minha experiência pessoal: O meu primeiro mês de gravidez ocorreu entre final de outubro até final de novembro. Não dei por rigorosamente nada, tive a menstruação no suposto dia a 30 de outubro, com um atraso de 8 dias. Mas não estranhei porque andava numa fase de stress, e como a minha menstruação é mínima e dura 1 dia, assim foi. Desta forma, a minha menstruação seguinte seria dia 28 de novembro.


Sintomas definidos pelos médicos: os seios podem ficar sensíveis e começarem a aparecer leves cólicas. Aumento de idas à WC.



2º mês (5 a 8 semanas)


A minha experiência pessoal: Dia 28 de novembro e nada da menstruação me aparecer novamente, pensei: outro atraso? Não é normal mas como estou desregulado do mês anterior, não passei grande cartão. Ao fim de 13 dias comecei a estranhar, mas não sabia que contas fazer após o atraso do mês passado.

Lembro-me muito bem que andava com umas cólicas infernais, que me faziam ficar zonza quase a desmaiar, coisa que nunca antes me tinha acontecido, por isso estava sempre a dizer no trabalho “deve estar quase a vir-me a menstruação, este mês vai ser puxado”.

Lembro-me também de um aumento enorme na quantidade de idas à casa de banho, de andar com uma falta de memória horrível e de adormecer no carro entre um trabalho e o outro, lembro-me também de ter ficado com uma suposta gastroenterite cheia de diarreia e má disposição durante uns 8 dias, e que depois da gastroenterite fiquei com aversão a comer ovos de manhã e a tocar em doces! DOCES!!! A coisa que mais gosto de comer. Mas continuei sem estranhar porque estava numa fase de adaptação ao trabalho novo, à casa nova e a toda uma rotina nova.

Um mito: dizem que as grávidas têm enjoos de manhã. Mentira, pode ser a qualquer hora do dia. Eu tenho o estômago muito sensível e de noite é sempre quando fico pior, com azias e coisas do género e foi isso que aconteceu maior parte das noites no 2º mês, por isso novamente, não estranhei nada.

Fiz análises e detetaram-me anemia, algo que não achei normal. Entretanto após 15 dias de atraso, voltei a ter perdas de sangue. Vos garanto que se não tivesse feito um teste de gravidez, nunca ia saber que estava grávida! Fiz então o teste e deu positivo!


Sintomas definidos pelos médicos: enjoos, cansaço, peito maior, dificuldades em dormir, alterações nos gostos alimentares, tontura, fadiga, borbulhas.



3º mês (9 a 13 semanas)

Peso: 39,4kg às 12 semanas


A minha experiência pessoal: A entrada no 3º mês deu-se com a minha viagem à Madeira (terra do pai do meu filho, fui ter com ele para passarmos a Passagem de Ano juntos).

Pode-se dizer que a Madeira tem um bocado de altos e baixos e curvas e contracurvas, e se antes não andava enjoada, durante os dias que lá estive, aqueles movimentos todos mexeram um bocado com os meus enjoos, mas não foi nada demais, foi só mesmo má disposição. O que me bateu forte nessa altura foi o sono, estava sempre com sono, queria sempre dormir, parecia um animal a hibernar!

Voltei a Lisboa e continuei a minha rotina como se nada fosse. As tonturas começaram a ficar demasiado fortes e voltei a ter perda de sangue, lá está, se não soubesse que estava grávida ficaria sem desconfiar, pois tive perdas de sangue na altura da menstruação. Nesse dia que tive perdas de sangue, fui ao médico e passaram-me baixa de gravidez de risco, por ter dois trabalhos, trabalhar 12h por dia e não ter folgas, estava a exigir demasiado do meu corpo e isso poderia influenciar o meu bebé. E também por estar com uma constipação muito forte.


Sintomas definidos pelos médicos: pode começar a sentir-se casada facilmente e perder o fôlego com esforço. Esquecimento, aumento de energia, ganho de peso, constipações.



4º mês (14 a 17 semanas)

Peso: 39,3 às 16 semanas


A minha experiência pessoal: O 4º mês foi super fácil, tinha só bastante sono e muitos desejos de fruta! Andava sempre a comer fruta, e tinha também desejos de atum e salmão. Mas zero de enjoos e outros sintomas chatos.

Foi no 4º mês que a médica decidiu que eu iria ficar de baixa até ao final da gravidez, então fui a Londres dar uma visita à minha prima. Aqui começaram os desejos de doces novamente! Waffles, gomas, gelatina, gelado, chocolates, bem foi passar de anti-doces a fã de doces novamente.

Foi também a fase em que as idas à wc diminuíram novamente, indo só uma vez por noite, mas que comecei a sentir uma necessidade enorme de beber litro e litro de água constantemente. Foi o primeiro mês que não tive perdas de sangue nenhumas.

Foi às 15 semanas que senti o primeiro pontapé do Lourenço, daqueles pontapés que só se sentem internamente. Ao início confundi com gases, só depois me apercebi que era ele!


Sintomas definidos pelos médicos: ganho de peso, começa a existir uma comichão na barriga e no peito (acontece porque a pele está a esticar), aumento da fome, indigestão, azia, ganho de peso, respiração mais acelerada, aumento de energia.



5º mês (18 a 21 semanas)

Peso: 41kg às 20 semanas


A minha experiência pessoal: Em Londres entrei no 5º mês, e senti o meu corpo exatamente igual, portanto foi um mês igualmente fácil.

Foi às 18 semanas que deu para sentir o primeiro pontapé exterior do Lourenço.

Às 20 semanas fizemos a ecografia morfológica, onde a médica colocou o sexo do Lourenço dentro de um envelope e passado 5 dias, fizemos o Chá de Revelação, onde rebentámos um balão e saiu a cor azul!

No final das 20 semanas, comecei a ter umas dores estranhas e horríveis na fossa ilíaca esquerda, acabando nas urgências. Detetaram-me uma infeção urinária e fiz tratamento.

As dores aumentaram e voltei à urgência, foi quando perceberam que tinha outra bactéria mais resistente e tiveram de me dar outro tratamento. As dores eram demasiado intensas e não passavam por nada, então os médicos quiseram internar-me. Contra decisão médica, assinei uma folha e vim para casa. As dores persistiam então tive de aprender a viver com elas.


Sintomas definidos pelos médicos: comichão na pele, falta de ar, corpo a inchar ligeiramente, dor na região lombar, flatulência, aumento de apetite, azia, dificuldade para encontrar uma posição confortável para dormir.



6º mês (22 a 26 semanas)

Peso: 43,6kg às 26 semanas


A minha experiência pessoal: As dores diminuíram um bocadinho, então decidi ir a Espanha, trabalhar na viagem de finalistas que trabalho todos os anos. Não tive recaídas, não tive dores, não tive enjoos, não passei mal por nada. Aparentemente, aquelas dores haviam passado. E tive outro mês calmo, excepto as últimas duas semanas.

Às 25 semanas tive uma dor insuportável, vou ao hospital e dou por mim a perceber que na sala de espera o meu menino deu a volta! Dores justificadas, disseram-me então para fazer reforço na água, usar sempre cinta para a barriga pois foi quando a minha barriga começou a crescer e a pesar no meu corpo.

Às 26 semanas acordo com uma dor horrível, vou ao hospital onde faço um CTG e me dizem que começaram as contrações. Foi aqui que tudo complicou a sério.


Sintomas definidos pelos médicos: azia, o inchaço corporal aumenta, dor nas costas, indigestão, insónias, caimbras, tonturas.



7º mês (27 a 30 semanas)

Peso: 44,6kg às 28 semanas


A minha experiência pessoal: No fim de semana em que entrei no 7º mês, saiu-me um pouco do rolhão e comecei a ter dores infernais, dirigi-me nesse mesmo dia à urgência e qual não foi o meu espanto quando me dizem que estou cheia de contrações novamente. Fiquei 6h nas urgências, controlaram as contrações e mandaram-me para casa, com bastante repouso e para não andar a esticar-me muito para ele não nascer antes de tempo. Reforçaram na medicação e foi assim o resto do mês.

Foi também a fase que quanto mais o tempo passava, mais dores de costas tinha, provavelmente devido ao peso da barriga, tive de fazer uma almofada gigante para dormir e marcar uma massagem para grávidas. Voltei a dormir melhor após essas soluções.

Zero dores e zero enjoos. Tudo muito bem durante o resto do mês.


Sintomas definidos pelos médicos: dores nas costas, fadiga, inchaço piora, azia, comichão aumenta, caimbras, ondas de calor, urinar frequente volta, alterações de humor, insónia e contrações de treinamento. É neste mês que é costume os bebés darem a volta, o que pode causar algum desconforto seguido de um enorme alívio.



8º mês (31 a 35 semanas)

Peso: 46,6kg às 32 semanas


A minha experiência pessoal: No exato dia que entro nas 31 semanas, começo a ter umas dores horríveis a comer e a beber água, dores de cada vez que me levantava, ao ponto de chorar. Vou à casa de banho e tinha saído um pouco do rolhão novamente. Ligo à minha mãe e vamos diretas às urgências. Foi o dia em que cheguei às urgências e me disseram que estava em trabalho de parto prematuro e fui internada (podem ler o Post: Ameaça de Parto).

Conseguimos controlar o Lourenço dentro da minha barriga e após ter tido alta no hospital, decidi fazer a sessão fotográfica de gravida e o chá do bebé como estava planeado.

O resto do mês foi passado com dores, contrações, desconforto, onde dormir mais de 4 horas se tornou impossível por causa das dores que o peso da barriga me causavam, fora as idas à wc que tinham voltado em peso.

O meu apetite aqui diminuiu imenso, e mais perto do final do mês, começou a fase da azia noturna. Sempre que me deitava, ficava com imensa azia! Experimentei vários medicamentos, mas poucos ajudavam. Esta azia durou apenas uma semana, felizmente. Deve ter sido uma posição qualquer que ele estava, que pressionou o estômago. Neste mês, as dores que tinha anteriormente foram diminuindo lentamente.

Mesmo no final do mês, comecei a ter produção de colostro na mama esquerda, e o meu corpo começou a inchar. Este foi também o mês em que mais engordei! Foram 4kg em 4 semanas.


Sintomas definidos pelos médicos: desequilíbrio, pode sair o primeiro colostro do peito (leite), contrações de treinamento, indigestão, desconforto geral devido ao tamanho e peso da barriga, falta de ar, fadiga, dificuldade para dormir, ondas de calor, alterações de humor, comichão, ganho de peso.



9º mês (36 a 40 semanas)

Peso: 50kg às 36 semanas


A minha experiência pessoal: Na realidade só aguentei umas horas no 9º mês, porque o Lourenço fez-me ir para ao hospital e nasceu passado 34 horas! Estava eu muito bem a celebrar os meus anos e o facto de finalmente poder sair de casa, quando vou parar ao hospital, tensão super alta, pés inchados, e rolhão a sair.

Eram 18h30 de dia 5 de Julho quando dei entrada no hospital. O médico como eu fazia anos, disse que podia ir a um restaurante perto do hospital e que de seguida seria internada. Estiveram 24h a dar medicação para tentar retardar o processo, mas às 18h30 de dia 6 de julho foi inevitável. Essa foi a hora que atingi os 3cm de dilatação e que levei logo epidural, e foi a partir daí que a magia toda começou a acontecer. A dilatação ainda demorou devido à medicação que me tinha sido dada, portanto o Lourenço nasceu na madrugada de dia 6 para dia 7, tendo um parto de 8 minutos. E não sofrendo nada até a dilatação estar completa. Resumindo, este foi o nosso 9º mês de gravidez!


Sintomas definidos pelos médicos: aumento na necessidade de urinar, começa a sair o rolhão, dores nas costas, comichões, pressão sobre a pélvis, colostro, fica mais fácil respirar porque o bebé começa a descer cada vez mais.




Portanto esta foi a minha gravidez descrita em nove meses. Basicamente se não tivesse começado com as contrações e com o trabalho de parto prematuro, tinha tido uma gravidez santa até às 32 semanas, altura em que se tornou impossível dormir com dores de costas, devido ao peso da barriga! Não foi uma gravidez fácil mas também não foi uma gravidez difícil. Os primeiros 7 meses foram quase que 7 meses normais. A partir do momento em que entrei no 7 mês é que a coisa descambou e ficou um bocado difícil. O resultado desta gravidez atribulada, foi o Lourenço, a melhor coisa que me aconteceu na vida, que compensou cada segundo, cada semana, cada mês!

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